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21/08/2016 às 14h00min - Atualizada em 21/08/2016 às 14h00min

CPI dos Frigoríficos aponta indícios de Manipulação da JBS em Mato Grosso

Assessoria de Imprensa
Bruno Cidade

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Frigoríficos, deputado Ondanir Bortolini (PSD), o Nininho, afirmou que as investigações realizadas no âmbito da comissão têm esclarecido fatos e demonstrado a existência de uma manipulação do mercado de abate bovino, provocado pelo Grupo JBS, em Mato Grosso. Para o parlamentar, a forma como o conglomerado atuou no Estado é inadmissível.

Nininho lembrou que a suposta formação de monopólio por parte da JBS começou a ocorrer em 2009, quando o grupo adquiriu diversas plantas frigoríficas, que foram fechadas posteriormente, fechando milhares de postos de trabalho. “Estranhamente em 2009 o grupo JBS fez aquisição de plantas frigoríficas em Mato Grosso, e foi exatamente nesse momento que o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) injetou mais de R$ 5 bilhões no grupo. Muitas famílias tradicionais na atividade foram excluídas do segmento. Aí recebemos uma notícia veiculada na Folha de S. Paulo, que esse grupo vai assumir atividades internacionais na Irlanda com um faturamento de US$ 35 bilhões”, relatou o parlamentar.

Para o deputado, a simples atuação da comissão modificou o panorama do setor. “Fomos informados sobre a reabertura de plantas frigoríficas, a situação do setor começa a mudar, a equipe técnica da CPI já tem os dados de todo o plantel bovino de Mato Grosso, e foi detectado que no mínimo quatro a cinco plantas têm condições de voltar às atividades”.

Ele enfatizou a importância de representantes do Grupo JBS comparecerem aos depoimentos e prestarem esclarecimentos acerca da atuação da empresa em Mato Groso. “Essa CPI não vai encerrar enquanto não ouvirmos as pessoas responsáveis do Grupo JBS. É inadmissível o que esse Grupo fez em Mato Grosso. Temos dados relevantes do comportamento da JBS no estado. No ano de 2006 a participação de indústrias do Grupo JBS em Mato Grosso não superava o percentual de 1,5% do abate total de animais. Em 2007 aumentou para 16% e em 2014 foi superior a 50% do abate de todos os animais”.

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