Araguaia Notícia  Publicidade 728x90
24/10/2016 às 18h59min - Atualizada em 24/10/2016 às 18h59min

CADE multa empresa que tem duas plantas frigoríficas fechadas em MT

Assessoria

Na última terça-feira (18), foi noticiado pelo Estadão que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), determinou a venda de ativos e marcas da empresa Rodopa e grupo JBS multando as duas empresas e a Forte Participações em R$ 3,5 milhões.

 Na época, o conselho entendeu que a negociação poderia levar à absorção, pela JBS, de um concorrente relevante, e foi feito um acordo com as companhias em que elas se comprometeram a cumprir uma série de questões, como a venda de marcas e plantas de produção e manutenção dos níveis de abate.

Já a multa de R$ 3,5 milhões, aplicada em processo em separado, foi determinada por “enganosidade” porque, de acordo com o conselho, a JBS alegou que desconhecia restrições ambientais e por isso não poderia manter os níveis de abate conforme o acordado, o que o CADE entendeu não ser verdade. O valor deverá ser pago em 10 dias.

Segundo o conselheiro relator do processo, Márcio de Oliveira Júnior, que chegou a dizer que o desfazimento da operação deveria ser adotado imediatamente por conta da postura das empresas, que vinham adiando o cumprimento do acordo. “Diante da situação financeira da Rodopa, isso deve ser modulado para evitar fechamento de plantas, o que causaria queda da oferta e impacto concorrencial”, ponderou.

 CPI dos Frigoríficos desconfiava do envolvimento entre as empresas Rodopa e JBS.

No mês de junho a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Frigoríficos, ouviu o empresário Sérgio Longo proprietário das plantas frigoríficas do grupo Rodopa instaladas nos municípios Sinop e Canarana. Em seu depoimento, Sérgio declarou que as plantas pertencem integralmente a empresa Forte, e ainda confirmou a Forte como controladora das plantas frigoríficas.

Questionado pelo presidente da CPI dos frigoríficos, deputado estadual Ondanir Bortolini (PSD), Nininho, se a empresa Rodopa teria alguma relação com o grupo JBS, Sérgio Longo foi enfático em dizer que não existiu sociedade. “Foi apenas um arrendamento por dez anos que a JBS fez das minhas plantas, que tanto para arrendamento quanto para venda eu deveria comunicar o CADE”, declarou Sérgio.

Em seu depoimento Sérgio Longo que atualmente reside em Miami (EUA), disse não ser sócio, não ter participação e que não tinha interesse no grupo JBS e tão pouco a JBS na empresa Rodopa, porém, os membros da CPI não satisfeitos com o depoimento do empresário mantiveram as averiguações acerca das empresas.


De acordo com o deputado Nininho, a decisão do CADE reforça a estratégia da CPI. “Temos trabalhado para identificar possíveis irregularidades no setor frigorífico em Mato Grosso, e desse modo evitar que outras plantas venham a ser fechadas”, ratificou o parlamentar. 

Araguaia Notícia  Publicidade 790x90


Entre no grupo do Araguaia Notícia no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI)
Notícias Relacionadas »
Comentários »